Em tempos de vacas mortas


Por Pedro Nunes Filho

ImageA meu ver, o debate sobre a conveniência ou não de se realizar megafestas juninas tem como objetivo acostumar o povo a refletir acerca de ações públicas que todos os dias são adotadas, em municípios do Cariri paraibano. Algumas ações são corretas, outras nem tanto. Tal discussão finda servindo aos gestores como indicativos para se chegar a um consenso e evitar erros.

Acho que a Prefeita Edna Henriques e todos os prefeitos do Cariri são pessoas capazes de repensar suas festas. Com certeza vão fazer eventos equilibrados em época de vacas magras, ou melhor, vacas mortas.

Entendo que a discussão não é para ser politizada nem tampouco partidarizada. Menos ainda para jogar as pessoas umas contra as outras, criar um clima de guerra e acirrar malquerenças e inimizades que em nada contribuem para o desenvolvimento dos municípios. Em todos os municípios, existem núcleos de resistência irracional e de guerrinhas miúdas contra cada prefeito. Essas posturas só prejudicam os municípios. São atitudes que carecem de coerência e de um mínimo de consciência cidadã.

Gosto do tom equilibrado e da linguagem civilizada que Simorion utiliza para defender suas ideias e discutir questões relevantes de interesse público.

Nada tenho contra a Prefeita Edna, até porque não foi ela que inventou essa ideia maluca de megaeventos juninos, que passou a servir de referência e de critério para medir a competência dos prefeitos numa região de pessoas despolitizadas e possuidoras de pouca ou nenhuma consciência do bem-comum. Pessoas que preferem pagode em lugar de trabalho e estudo. Esse critério de avaliação de um gestor municipal pelo tamanho das festas que realiza é uma maluquice que entrou na cabeça do povo e não pode ser acatada por quem possui um mínimo de racionalidade.

Gosto muito da ideia de se utilizar os artistas da região. Vale aplausos!

*É advogado e escritor
pnunesfilho@yahoo.com.br

0 Comentários

Postar um comentário

Post a Comment (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem