O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) tem sido alvo comentários em tom de críticas por parte de prefeitos, parlamentares e outras lideranças políticas pelo suposto ativismo com o qual tem pautado a sua atuação.
A Corte é presidida pelo conselheiro Fernando Catão, irmão de Dona Glória Cunha Lima, tio de Cássio e tio-avô de Pedro Cunha Lima, tem tido decisões dúbias a depender da posição política de cada gestor.
Primeiro veio o tratamento distinto no que diz respeito aos festejos de São João em Bananeiras e Campina Grande, ambos privatizados e executados pela mesma empresa, a Medow. Porém, enquanto a cidade do Brejo teve questionamentos e até um pedido de bloqueio do pagamento, a Rainha da Borborema, administrada por Bruno Cunha Lima, não foi alvo de nenhuma recomendação. Na época, o conselheiro presidente ficou desconcertado ao ser interpelado sobre o assunto por um jornalista.
Na sequência, veio a interrupção do programa de Segurança Alimentar "Tá na Mesa", desenvolvido pelo Governo do Estado, a partir de uma decisão monocrática do conselheiro Fábio Nogueira, indicado à Corte na época do governo de Cássio, algo que gerou revolta diante do número crescente de pessoas em situação de pobreza.
Por último, a reprovação das contas de 2019 do governador João Azevedo, por não considerar o gasto com saúde com os servidores codificados, além de inédita também passou a mensagem de que qualquer prefeitura poderia sofrer revés parecido.
Os bastidores políticos apontam que prefeitos tem se queixado a seus deputados sobre a postura da Corte, já que o TCE é um órgão auxiliar da Assembléia Legislativa.
Parte da classe política tem se debruçado sobre o assunto com espanto, pois nunca se viu na história um ativismo parecido. Os mais radicais falam em abertura de impeachment de conselheiros, outros colocam panos quentes.
O fato é que este assunto ainda deve render muito.
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