Como a pandemia afeta a infraestrutura da internet


Além de impactar a vida diária, a pandemia do novo coronavírus também tem reflexos na vida digital: a infraestrutura brasileira de internet registrou um fluxo de tráfego de 11 Tb/s em 23 de março. O valor é considerado alto e atípico: a média de terabits por segundo registrada ao longo de 2019 foi de 4,69 Tb/s.

A sigla Tb significa terabit. O bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada em um sistema. Um terabit equivale a um trilhão de bits.

Em comunicado oficial, o IX.br (Brasil Internet Exchange), divisão de infraestrutura do Comitê Gestor da Internet no Brasil – formado por representantes do governo, do setor empresarial, de ONGs e da comunidade científica – , afirmou que o pico está diretamente relacionado à pandemia do novo coronavírus.

Segundo o IX.br, o aumento está relacionado à adoção dos modelos de trabalho remoto e de ensino a distância e também a uma maior procura por formas de entretenimento, com um destaque especial aos serviços de streaming.

A tendência não se limitou ao Brasil. No Reino Unido, o tráfego aumentou em 30% nas três primeiras semanas do mês de março. Nos EUA, o aumento foi de cerca de 20%.

Como funciona o tráfego
Sempre que você abre um site ou um aplicativo que depende de internet, os computadores que abrigam aquele conteúdo – também chamados de servidores – recebem um pedido de acesso ou envio de determinados dados.

Ao receber o pedido, esses computadores enviam uma resposta ao usuário, que pode ser o acesso ou envio das informações desejadas ou uma mensagem que diz que elas não podem ser acessadas ou enviadas por algum motivo.

Essa troca constitui o tráfego de dados na internet. Para que tudo isso funcione, a internet depende de uma estrutura física, que consiste em uma série de cabos e servidores espalhados em cada país.

Quando a comunicação precisa ser feita com um servidor que está localizado em um país separado do Brasil por um oceano, o tráfego passa por cabos submarinos, instalados a muitos metros de profundidade. Atualmente, o país tem seis cabos submarinos funcionando.

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