Grávida de seis meses, adolescente de 15 anos sofre estupro coletivo


Uma garota de 15 anos, grávida de seis meses, foi estuprada por dois adolescentes na madrugada desta quarta-feira (3) na cidade de Uruçuí, região sul do Piauí (506 km de Teresina), enquanto o namorado, imobilizado, era agredido por um terceiro. Após o estupro, o rapaz foi assassinado e teve o corpo atirado em um rio. Os suspeitos foram apreendidos.

Segundo a polícia, a adolescente e o namorado, Flaviano Marinho da Silva, 19, passavam de moto pela ponte do rio Parnaíba quando foram rendidos pelos três adolescentes, que portavam facas. Dois têm 16 anos e o terceiro, 13.

“A vítima relatou que, depois que foi estuprada, os suspeitos esfaquearam e degolaram o namorado dela. Hoje [quarta-feira] pela manhã, a polícia conseguiu localizar o corpo com a ajuda de pescadores”, disse o delegado de Uruçuí, Bruno Ursulino.

Em depoimento, a garota disse que ficou em poder dos adolescentes por cerca de uma hora. Apesar de machucada, ela conseguiu deixar o local e encontrou uma equipe da Polícia Militar, que a levou para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde, em Uruçuí.

Ela será transferida para o Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual, na maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, onde receberá atendimento especializado.

Cerca de duas horas depois do estupro, os três adolescentes foram apreendidos e, segundo a PM, confessaram os crimes. A Polícia Civil, no entanto, informou que eles acusam uns aos outros. O trio mora em Benedito Leite (MA), município vizinho a Uruçuí.

“Um dos adolescentes apreendidos contou que saiu com os colegas para arrombar casas em Uruçuí e encontrou o casal na moto. O grupo decidiu roubar o veículo e acabou cometendo os demais crimes”, disse o delegado, ressaltando que um dos menores tem mais de dez passagens por tráfico de drogas, furtos, assaltos e tentativa de homicídio.

Eles estão custodiados na delegacia do município, mas serão transferidos em breve para a Unidade de Internação Masculina da capital Teresina devido ao risco de serem agredidos pela população. Ao saberem da brutalidade dos crimes, moradores de Uruçuí se revoltaram e ameaçaram invadir a delegacia.

O gerente da Polícia Civil no interior, delegado Everton Férrer, disse que a arma supostamente usada para assassinar Flaviano foi encontrada na casa da namorada de um dos adolescentes. A jovem deve prestar depoimento ainda nesta semana.

“A polícia está cautelosa nas investigações, pois uma das vítimas é menor e os suspeitos do crime também. O caso é chocante por envolver menores de idade. O depoimento da namorada de um dos suspeitos será importante para elucidação de quem cometeu cada crime”, disse Férrer.

Série de estupros no Piauí

No ano passado, o Piauí registrou três estupros coletivos nas cidades de Sigefredo Pacheco, região norte do Estado, e Pajeú do Piauí e Bom Jesus, na região sul.

Em Sigefredo Pacheco, uma jovem de 21 anos foi estuprada por quatro homens no assentamento Santo Antônio de Campo Verde. Já em Pajeú do Piauí, uma garota de 14 anos foi estuprada por quatro homens dentro de um banheiro de uma quadra de esportes. Em Bom Jesus, uma jovem de 17 foi encontrada desacordada dentro de uma construção abandonada. A vítima estava com a calcinha amarrada à boca. Cinco pessoas são suspeitas do crime.

Outro caso emblemático foi registrado em 27 de maio de 2015, na cidade de Castelo do Piauí, região norte do Estado. Quatro adolescentes com idades entre 14 e 17 anos foram atacadas enquanto subiam o Morro do Garroto, ponto turístico da cidade, para tirar fotos.

Segundo a polícia, elas foram dominadas, estupradas, arrastadas e jogadas de cima de um penhasco da altura de um prédio de três andares. Caídas, ainda foram apedrejadas. Uma delas morreu.

Quatro adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, e um adulto, Adão de Sousa Silva, 41, foram apontados como autores do crime. Eles negam. Os adolescentes foram julgados e condenados a 24 anos de reclusão em regime fechado para cumprimento de medidas socioeducativas. Um deles, o de 17 anos, foi assassinado dentro do alojamento logo depois de receber a condenação.

Preso há quase dois anos na Penitenciária de Altos, Adão José de Sousa Silva ainda não foi julgado. O Ministério Público pediu a pena máxima de 151 anos e dez meses de prisão em regime fechado. Ele nega o crime, mas exames de DNA apontaram que há presença de sêmen de Silva nas amostras colhidas nos corpos das vítimas.

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