Após longa reunião com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), na noite desta segunda-feira (06), o vereador Raoni Mendes (PDT), não foi convencido sobre a inconstitucionalidade do seu projeto de lei que cria o IPTU proprocional na cidade. Ele deixou o encontro queixando-se de que Cartaxo mostrou-se "absolutamente insensível" à sua iniciativa. Pelas redes sociais, o vereador insinuou um rompimento político com a base aliada do chefe do Executivo na Câmara Municipal.
Além de Luciano e Raoni, participaram do encontro o chefe de gabinete do prefeito, Zennedy Bezerra, e o secretário de Articulação Política, o ex-deputado Rodrigo Soares.
Raoni mostrou-se decepcionado com o resultado do encontro. "Me oponho ao debate infértil e estéril sobre a constitucionalidade", disse em sua página no Facebook.
O impasse se deu após o prefeito vetar projeto de Raoni que instituía o IPTU proporcional em João Pessoa. Alegando inconstitucionalidade no projeto de Raoni, Cartaxo aproveitou uma proposta que concedeu isenção fiscal aos cartórios da cidade para anular os efeitos da propositura do vereador.
Raoni tem reclamado que não foi comunicado com antecedência da decisão do chefe do Executivo."Estou ao lado do povo e pelo povo fui eleito. Me declaro defensor daquilo que é justo, correto e ético. A partir de agora, iniciarei uma luta ainda mais intensa pelos direitos da população pessoense. Farei isso de maneira integral, sagaz e singular", desabafou o vereador.
Para ele, o IPTU proporcional é uma conquista do povo. "A partir dessa demanda é que organizarei uma campanha para que o debate retorne a Câmara Municipal de João Pessoa, pelas mãos dos interessados: os pessoenses. Aguardem a manifestação social que virá a partir de um projeto de iniciativa popular", adiantou.
Na mesma postagem, Raoni insinua que estaria rompendo com a base aliada do prefeito na Câmara. "Se houver alguém que queira contrariar os interesses sociais, esta pessoa não contará comigo, em nenhuma medida, em nenhuma instância. Porque eu nego", disse.
COM PORTAL CORREIO.
Postar um comentário