Renan Palmeira desce a ripa nos 6 primeiros meses de gestão do prefeito da Capital

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Os primeiros seis meses do governo do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, apontam para um governo apático, sem iniciativas concretas, sem projetos sociais objetivos e sem compromisso com o seu próprio programa de governo anunciado durante a campanha, segundo o ex-prefeitável de João Pessoa, Renan Palmeira.

Segundo ele, todos lembram que durante a campanha eleitoral de 2012 os debates, entre os sete candidatos que disputaram o primeiro turno, giraram em torno das soluções apresentadas para os problemas da mobilidade urbana, o acesso aos serviços de saúde e sua qualidade, a garantia do direito a moradia, a educação e a segurança.

Luciano Cartaxo não poupou promessas. Prometeu colocar médicos nos postos de saúde, construir UPAS, garantir casas para a população de baixa renda, investir no esporte e, sobretudo, ser transparente no trato da coisa pública.

É  cedo para dizermos que ele não vai fazer nada do que prometeu, mas já é tempo de afirmar que tudo parece muito lento ou quase parando no município.

Realizar um balanço dos seis primeiros meses da administração de Luciano Cartaxo é quase a mesma coisa de avaliar a continuidade das últimas gestões, com a diferença de que na atual gestão algum freio está puxado.

Nos seis primeiros meses da administração petista na capital da Paraíba é explicito a falta de interesse da atual gestão em apurar as graves denúncias ocorridas anteriormente na Secretaria de Saúde Municipal, escândalos de irregularidades em contratos, licitações fraudulentas, compras superfaturadas, algumas condenadas pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério Público, comprometendo os recursos públicos.

A população espera transparência na gestão, mas até a secretaria da transparência necessita de uma fiscalização sobre o nepotismo denunciado. No trato com os servidores públicos, repetem-se as negociações pontuais sem a esperada reforma do Plano de Cargos e Salários e um sistema transparente de remuneração e gratificação pelos serviços. Tudo parece caminhar como antes, apenas um pouco mais lento. Até o veto a redução da jornada de trabalho dos servidores com profissão regulamentada, parece seguir a cartilha dos seus antecessores.

A falta de médicos nos PSFs continua sendo uma realidade cruel, carecendo de mais contratações imediatas. As esperas nas filas de atendimentos e o tempo absurdo entre a consulta médica e o exame e entre este e o tratamento é, na prática, a negação do direito à saúde para quem não pode pagar por esse serviço nas clínicas particulares. Isto dificulta o aceso à saúde e desumaniza o sistema. Até o momento não foi apresentado um programa de saúde preventiva que dialogue com a realidade social dos habitantes da cidade. O prefeito fala em diálogo, mas só existe um monólogo do governo com ele mesmo.

Nos seis primeiros meses de administração petista no município, não é possível detectar na gestão da saúde pontos significativos de mudanças. Assistimos a primeira troca de secretariado nessa pasta, o novo secretário, Adalberto Fulgêncio, assumiu explicitando sua simpatia pelas terceirizações e anunciou seis contratos com clínicas particulares, sendo um indicador importante da possibilidade do aumento da influencia de grupos privados na intervenção da saúde pública nesses próximos três anos e seis meses restantes de gestão.

O perfil do novo secretário indica que as privatizações ganharão força na saúde, pois o mesmo não acredita que serviço público pode ser bem feito por servidor público. Como o governo federal já iniciou “privataria” do PT, privatizando portos e aeroportos e já iniciando a venda até de bacias petrolíferas, a ameaça de privatizações dos serviços municipais de saúde é bem real. Precisamos reagir.

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