De forma discreta, um pouco a distância, tenho acompanhado a dinâmica da política vivida em nosso País. Embora seja oportuno dizer que a abertura democrática trouxe avanços para o Brasil, no momento alguns aspectos merecem uma avaliação da parte dos nossos governantes, pois o povo está cansando com a demora ou descaso no enfrentamento de alguns temas considerados inadiáveis. Por isso as manifestações dos estudantes por todo o País - que chega em boa hora. Um Brasil onde se estimula a natalidade, sem mirar um futuro adequado para o enfrentamento dos problemas. O momento é bastante oportuno para se discutir prioridades.
Nas manifestações dos estudantes contesta-se o aumento das passagens de ônibus; o descaso do Governo com a saúde, educação e segurança. Porque não se priorizar também soluções para o combate aos efeitos da seca, onde chove apenas nas capitais nordestinas, ficando os nossos sertões recebendo apenas neblinas, chuvas finas, não enchendo um reservatório por pequeno que seja. O projeto de transposição caminha a passos de tartaruga, sem contar com a prioridade, como aconteceu com as reformas dos estádios onde vão acontecer os jogos da Copa - que não faltou dinheiro. A questão dos crimes de morte, que toma conta de mais de 50% dos nossos noticiários, onde os menores de 16 e 17 anos estão tirando vidas de inocentes e não se abre uma discussão urgente para se reformar a legislação pertinente.
Os nossos representantes com assento no Congresso Nacional, com raríssimas exceções, não enfrentam esses problemas com espírito público. Ficam aquelas duas casas do Congresso servindo mais como ambiente para se tratar de negócios do que se defender o interesse do povo.
Por isso temos de apoiar essas manifestações partidas de estudantes brasileiros, que protestam contra o descaso das autoridades do País no enfrentamento de temas que exigem uma urgente discussão.
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