Fim de um ciclo



Ferraz Júnior coloca um ponto final na carreira e se despede do jornalismo

Tudo começou quando eu tinha 14 anos. Na rádio Tamaio em Santo André – São Paulo, iniciava ali minha vida de comunicador. Passei por vários Estados deste nosso Brasil e por importantes veículos de comunicação. Dei-me ao luxo de até mesmo me fazer presente como jornalista fora do Brasil.

Na minha terra natal, na Paraíba, vivi tudo que a comunicação poderia propiciar a um profissional. Passei por todos os grandes veículos de comunicação, Arapuan ( ainda na época de Toinho Cabral) Correio da Paraíba ( época de Adalberto Barreto) Radio Tabajara (época de Roberto Carlos e depois voltei aquela emissora como diretor). (Os jornais Correio da Paraíba e o Norte), Diário da Borborema, TV e Rádio. Fiz de tudo, musical, reportagem, política, futebol e até produtor. Muitos não são conhecedores, mas CORREIO DEBATE nasceu na rádio Arapuan, com o nome de ARAPUAN em debate. O programa era comandado pelos seus criadores Ferraz Júnior, Biu Pezinho (como era conhecido carinhosamente) e Luiz Octávio Amorim (que na época se dividia entre a rádio e a Prefeitura de João Pessoa na gestão de Damásio Barbosa da Franca.

O sucesso do programa foi tanto, que um dia Adalberto Barreto procurou Luiz Octavio para propor a ida do trio para o Correio da Paraíba e lá o programa passaria a se chamar CORREIO DEBATE, e assim aconteceu.

Na Campanha política de 1982, enveredei por este caminho com muita força, vinculei-me de forma objetiva e direta a Wilson Leite Braga, e por seu intermédio, cheguei as terras do Cariri  paraibano, região que aprendi a amar e a respeitar seu povo, a quem devoto amor,carinho e apreço. O Cariri e seu povo foi um marco maravilhoso em minha vida.

Por esta minha livre e espontânea decisão, quero aproveitar este espaço que por tantos anos expressei meus pensamentos e minhas opiniões, graças ao espírito deste homem digno chamado FRED MENEZES, dizer que esta é minha ultima coluna. Aqui chega ao fim um ciclo de vida profissional deste jornalista admirado por uns e odiado por outros. (Mas ninguém, nem Cristo foi capaz de ser admirado por todos).

A imprensa mudou já não se faz comunicação como em tempos idos. A ditadura branca é pior que a ditadura militar. (Eu não comungo dela, assim sendo é melhor sair)

A classe política não é mais a mesma, poucos são os homens publico que merecem o respeito de uma sociedade. As instituições estão cada vez mais desmoralizadas. A criminalidade cresce assustadoramente e não há como combater se os exemplos dados pelos colarinhos brancos são os piores possíveis.

Como não ser saudosista ao lembrar nomes da imprensa paraibana que marcaram com altivez e caráter  o compromisso em informar com dignidade.

Roberto Carlos, Ivan Tomaz, Ivan Bezerra, Cardivando de Oliveira, Carlos Pereira de Carvalho, Gilson Souto Maior, Bernardo Filho, Ardman Norrat, Enock Pelágio, José Maria Fontinelle, Luiz Octávio Amorim, Carlos Aranha, Deodato Borges, Vladimir de Carvalho, Ivan de Brito, Marcondes Brito, João Tomé Camurça, entre outros nomes que peço desculpas ao passar sem registro (para nossa felicidade alguns ainda continuam no batente, outros estão se comunicando com Deus).

Como não ser saudosista ao lembrar-se de nomes de políticos que marcaram suas vidas publica com seriedade e honestidade para com o povo e com nossa terra.

Como esquecer nomes como:

Ivan Bichara, Clóvis Bezerra, Ernane Satyro, João Agripino, Tarcisio de Miranda Burity, Wilson Leite Braga, Nilo Feitosa, João Feitosa, Eraldo Gadelha, Evaldo Gonçalves, Orlando Almeida, Álvaro Gaudêncio, Antonio Mariz, Raimundo Asfora, Raimundo Lira, Álvaro Gaudêncio Filho, Lucia Braga, Edvaldo Motta, Assis Camelo, Afrânio Bezerra, Soares Madruga, Pedro Medeiros, Egidio Madruga, Assis Quintans, entre outros nomes que peço desculpas ao passar sem registro. (nomes que não dá para comparar com o que se vê e o que sem tem nos dias atuais, isto com pouquíssimas exceções a exemplo de Trocolli Júnior, que representa esta minoria de dignos políticos da atualidade).

O legado da honestidade e o comprometimento público já passou, hoje o que se assiste é a luta pelos vinte por cento, fazendo prevalecer a lei de Gerson, “Só entro na vantagem”.

Vou sim, agora cuidar de minha saúde que anda debilitada. Vou me restabelecer e dar novos vôos, saiu de cena para alegria de uns e a tristeza de outros.

Aos que me aplaudiram nesta trajetória que chega ao fim, o meu profundo agradecimento, aos que me criticaram também agradeço por terem lido ou me ouvido para poderem criticar.

Os meus agradecimentos muito em especial a Beto Batinga, Carlos Batinga, minha querida amiga e irmã Dra. Lourdinha Aragão, a Rômulo Gouveia, hoje vice governador, mas que preservamos a amizade desde os tempos em que ele era presidente de Associação de bairros em Campina Grande, e ainda ao maior homem publico de todos os tempos na Paraíba WILSON LEITE BRAGA, a Paraíba deve muito a este grande TIMONEIRO.

Ao irmão e amigo FRED MENEZES só gratidão por tudo.

FUI...................................

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