Por Pedro Nunes
Diego Nunes Valadares, moço saradão e com formação militar, tataraneto do velho AntônioNunes, hoje em dia costuma juntar-se com os primos e arrotam bravatas ao subirem a imensa laje, que forma uma garupa ensolarada e muito íngreme voltada para o nascente. Esses novéis aventureiros seriam muito machos mesmo se tivessem coragem de fazer isso lá pelos idos de 1915... Agora é moleza! Cansa muito, mas não corre perigo de serem devorados pelas pintadas, que elas, (coitadas!) foram todas abatidas pelas mãos perversas dos homens.
Já subi aquele paredão muitas vezes. Estou com 68 pisando na casa dos 69, mas juro, juro por Deus, que ainda tenho força e fôlego para repetir essa maravilhosa aventura algumas vezes e não vai demorar muito.
A fazenda Matarina fica localizada no coração do Cariri paraibano. É um lugar belíssimo! Onde a vista alcança, a gente vê esculturas de pedras gigantes, parecendo obras de deuses invisíveis, teatros de serras e paredões graníteos, no sopé, chapadões e extensas várzeas entremeados cobertas de caatingas, bioma único desse tipo no globo terrestre. Em tanques recobertos de poeira eólica secular, preguiças gigantes fossilizadas há milhões de anos. Vê mesmo quanta emoção!
Lugares ótimos para cavalgadas, trilhas de ciclistas, caminhadas a pé, para quem gosta de observar a fauna e a flora em meio a uma aventura emocionante e inesquecível. Se você quiser ir lá, é de graçafeito água benta em vestíbulo de igreja. Tem paga não. Povo de lá é bom demais. Hospedagem sobra. Fala comigo. Vai!...
Pedro Nunes Filho
*É advogado, escritor e sócio do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco.- IAHGP.
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