Os cardeais eleitores estão fechados na Capela Sistina, no Vaticano, para iniciar os encontros do conclave em que vão eleger o sucessor do Papa Emérito Bento XVI como líder da Igreja Católica e chefe de Estado do Vaticano.
Os 115 cardeais foram da Capela Paulina para a Capela Sistina em procissão. Eles chegaram à Sistina, onde ficarão confinados até a escolha do novo Papa, às 16h30 locais (12h30 de Brasília) desta terça-feira (12).
Durante o percurso, eles cantaram litanias e oraram para que o Espírito Santo os iluminasse durante as votações.
Depois, eles prestaram juramento, com a mão sobre o Evangelho, prometendo manter segredo sobre o encontro e as votações, conforme manda a Constituição Apostólica, sob risco de excomunhão.
Uns poucos assistentes ficam dentro da capela, mas eles saem na hora da votação.O mestre de cerimônias deu o comando de "Extra omnes!" (Todos para fora), e a porta da capela foi lacrada.
Primeira votação
A expectativa é de que a primeira votação para tentar escolher um novo pontífice, o 266º da história da Igreja, ocorra ainda nesta terça.
A expectativa é de que a primeira votação para tentar escolher um novo pontífice, o 266º da história da Igreja, ocorra ainda nesta terça.
Mas, segundo o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, ela provavelmente não deve definir ainda o nome do novo Papa.
Para ser eleito, um cardeal precisa ter mais de dois terços dos votos dos 115 eleitores.
A fumaça --branca, caso um novo pontífice tenha sido escolhido, e preta, após uma votação inconclusiva-- sairá da chaminé da capela depois da votação.
Se houver fumaça preta, o conclave segue então na quarta-feira, com duas votações previstas pela manhã e mais duas à tarde.
A eleição do novo Papa ocorre após a surpreendente renúncia do agora Papa Emérito Bento XVI, anunciada em 11 de fevereiro e efetivada em 28 de fevereiro, criando uma situação praticamente inédita para a Igreja moderna, em que dois Papas, um atuante e outro Emérito, devem coabitar no Vaticano.
O alemão Josef Ratzinger deixou o cargo após oito anos de um pontificado marcado por crises e divisões internas.
O cardeal brasileiro Dom Odilo Pedro Scherer é citado, pela imprensa e por analistas, como um dos favoritos para ser o novo Papa (saiba os motivos), ao lado do italiano Angelo Scola.
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