‘Não há possibilidade de fraudar o sistema’ eleitoral, diz Barroso



Neste último domingo (29/11), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “não há possibilidade de fraudar o sistema” eleitoral, mas há pessoas que acreditam nisso.  Como, por exemplo, “tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos”, concluiu Barroso, que voltou a defender as urnas eletrônicas.


Quando questionado sobre a fala do presidente Bolsonaro sobre possíveis fraudes no atual sistema eleitoral brasileiro e a defesa do voto impresso, Barroso disse que, caso haja comprovadamente alguma irregularidade, o TSE irá apurar. Entretanto, afirmou que nunca houve prova de fraudes com as urnas eletrônicas.


“O presidente da República merece todo o respeito institucional, e tem o direito de manifestar livremente sua opinião. O país é livre e democrático. A verdade, porém, é que o Supremo Tribunal Federal já entendeu pela inconstitucionalidade do voto impresso. E não apenas pelo custo de R$ 2,5 bilhões, mas, porque representaria um risco real ao sigilo para o voto. Então, objetivamente, hoje não existe a possibilidade de voto impresso porque existe uma decisão unânime em sentido diverso”, disse Barroso.


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“Eu penso que o voto impresso traria grande tumulto para o processo eleitoral brasileiro, porque todo candidato derrotado ia pedir recontagem, ia haver impugnações, alegações de nulidade e judicialização do processo eleitoral. Portanto, considero, aqui é uma opinião pessoal, eu penso que traria um grande tumulto para o processo eleitoral. É mais ou menos como mexer num time que está ganhando”, completou Barroso.

Noutras palavras, aparentemente para Barroso, tanto os candidatos, quanto os eleitores, não tem o direito de pedir uma votação mais transparente e auditável, através de uma recontagem dos votos, porque isso causaria um “grande tumulto para o processo eleitoral brasileiro”. Pois, segundo ele, não há como haver fraudes.


“Não há possibilidade de fraudar o sistema. Agora, não tenho controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que a terra é plana, tem gente que acha que o homem não chegou na lua, tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos. Esse é o imaginário sobre o qual eu não tenho poder”, concluiu Barroso.

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