Flamengo mantém tabu de 26 anos contra Vasco e conquista 33º título carioca


Com gol de Nixon aos 46 minutos do segundo tempo, o Flamengo aproveitou a vantagem e empatou por 1 a 1 o segundo jogo da decisão do Campeonato Carioca para conquistar seu 33º título da competição na tarde deste domingo, no Maracanã. O Rubro-negro manteve um tabu em finais contra o rival que já dura 26 anos, com quatro decisões de Estadual e uma de Copa do Brasil. O último título do Cruzmaltino sobre o time da Gávea aconteceu no Carioca de 1988.

O 33º título aumenta a hegemonia do Flamengo no Campeonato Carioca. O Rubro-negro agora tem duas conquistas a mais que o Fluminense, segundo maior vencedor da competição com 31 taças. O Vasco segue como terceiro maior ganhador do torneio, com 22 troféus. O time de São Januário não vencia o Estadual desde 2003, há onze anos.

O Carioca é o segundo título de Jayme de Almeida no comando do Flamengo em pouco mais de sete meses. O treinador assumiu o Rubro-negro durante a Copa do Brasil do ano passado, conquistada pela equipe em novembro.

O clima tenso deu o tom dos primeiros minutos do clássico no Maracanã. Contagiados pelo ambiente tumultuado da primeira partida da decisão, as duas equipes demonstrava muita vontade e até mesmo certa violência em lances mais divididos. Em 15min, o árbitro distribuiu quatro cartões amarelos, dois para cada lado, em busca de conter os ânimos.

A vontade das duas equipes tornava o jogo quente e corrido, mas com poucas jogadas bem articuladas. Vasco e Flamengo até chegavam ao ataque, mas faltava organização enquanto sobrava disposição. Aos 11min, o Cruzmaltino assustou com cobrança de falta de Douglas, que alçou bola na área para cabeçada de André Rocha, mas o arremate foi pela linha de fundo.

Quando os ânimos acalmaram, o Flamengo passou a usar claramente a vantagem de jogar por um empate para conquistar o título. O Rubro-negro esperava o Vasco em seu campo defensivo e saia apenas nos contra-ataques na velocidade de Paulinho e Everton.

A fórmula chegou a dar certo em alguns momentos. Aos 32min, Paulinho avançou em contra-ataque e aproveitou o espaço para arrisca de fora da área. O goleiro Martin Silva soltou a bola nos pés de Everton, mas o meia rubro-negro estava impedido.

Já o Vasco esbarrava na pouca efetividade de seus atacantes e meias na criação das jogadas. William Barbio recebia bolas para usar sua velocidade na esquerda, mas pouco conseguia fazer. A dificuldade fez com que o Cruzmaltino encerrasse a primeira etapa com onze finalizações, mas sem dar grandes sustos em Felipe até o intervalo.

O segundo tempo começou com a mesma tônica, mas o Vasco logo mostrou que poderia ser mais incisivo. Aos 7min, Douglas, Fellipe Bastos e Diego Renan tentaram chutes em sequência contra o gol de Felipe, mas as conclusões pararam na defesa e, por último, no próprio goleiro.

O clima tenso que existia desde os primeiros minutos gerou efeitos mais claros aos 14min, quando Chicão e André Rocha foram expulsos após baterem boca na área do Vasco antes de cobrança de falta para o Flamengo. As ausências criaram espaços no campo que aumentaram o ritmo do duelo.

A primeira chance mais clara após as expulsões aconteceu aos aos 19min, quando Thalles foi travado pela defesa rubro-negra já dentro da área depois de cruzamento rasteiro. No lance seguinte, Diego Renan fez boa jogada, limpou a zaga e bateu para fora, assustando o goleiro Felipe.

A superioridade do Vasco no segundo tempo seria premiada aos 30 minutos, quando Pedro Ken sofreu pênalti de Erazo ao invadir a grande área em velocidade. O camisa 10 Douglas deslocou o goleiro Felipe na cobrança e balançou a rede para delírio da torcida vascaína.

Ao contrário do que era esperado, o gol não fez com que os vascaínos cantassem mais alto no Maracanã. Claramente nervosos, os torcedores acompanhavam em silêncio os minutos finais do confronto. O mesmo acontecia com os rubro-negros presentes. A preocupação da torcida foi justificada aos 46min, quando Nixon balançou a rede para o Flamengo e deu o título para o time da Gávea.

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