Cássio denuncia ‘marketing político’ do governo federal e acusa PT de esquecer própria trajetória


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A voz das ruas inaugurou um novo momento na política brasileira. E pautou a agenda dos poderes constituídos no país. Ainda ontem, terça-feira (02/07), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) lamentou o gesto equivocado do governo federal de propor uma reforma política, já que, conforme explicou o senador, “referendo e plebiscito são iniciativas do Congresso Nacional” (e não do Poder Executivo). Cássio denunciou que o governo federal faz "marketing político”, porque, segundo ele, não é capaz de dar "respostas qualitativas às demandas da sociedade".

Diante de manifestações populares que se repetem há um mês no Brasil, a solução retirada da mágica cartola presidencial é a reforma política. Por isto, mudanças nas formas de representação e nas regras que regem os governos e as eleições voltam a ser discutidas, com toda a força que caracteriza o oportunismo de um governo que joga para a platéia e pretende, espertamente, jogar a fatura da insatisfação popular no colo do Congresso Nacional. Cássio diz que “a pauta das ruas é clara: o povo quer serviços públicos de qualidade”. Mas o governo faz ouvidos moucos e muda o foco do embate.

INCOERÊNCIA - Nesta quarta-feira (03/07), em aparte ao senador Aníbal Diniz (PT-AC), que defendia o exclusivo financiamento público para campanhas políticas, Cunha Lima disse estranhar que o PT, “depois de ter percorrido o caminho onde a participação do simpatizante, do militante e do filiado foi decisiva para fortalecer o partido e chegar ao poder, hoje esqueça essa trajetória e queira evitar que o cidadão, pelo menos este, possa participar do processo eleitoral”.

O raciocínio de Cássio é cristalino: -- Se há 30 anos tivéssemos o modelo que o PT defende hoje, de exclusivo financiamento público, dificilmente um partido com as características do Partido dos Trabalhadores teria chegado aonde chegou. E disse mais: “Posso até admitir que as pessoas jurídicas estejam impedidas, mas as pessoas físicas estarem impedidas de dar a sua contribuição dentro de um sistema de financiamento de campanha é divorciar o cidadão do processo eleitoral”.

Cássio assegura ter convicção de que “o modelo exclusivo que hoje é proposto pelo Partido dos Trabalhadores contribui muito mais para inibir o surgimento de novas forças políticas do que contribui para o barateamento das eleições em nosso país”.

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